sábado, 29 de setembro de 2012

visita ao muse sacaca

Depois de passar por ampliação e revitalização, o Museu Sacaca, em Macapá (AP), que tem por objetivo manter viva a história e a cultura dos povos amazônicos, será reaberto à visitação pública. Uma exposição marca o relançamento, que está programado para a próxima sexta, 3 de fevereiro. Veja Álbum de fotos Entre as peças expostas estarão uma réplica da casa de palafita dos índios Waiãpi; um totem com a representação dos povos da Amazônia e sua miscigenação (negro, índio, branco e caboclo) e peças usadas na produção de alimentos. O destaque, porém, deve ficar com o barco "Regatão", que retrata o ambiente do comércio ribeirinho e está preparado para navegar 80 metros dentro do museu. retirado do site: http://viagem.uol.com.br/ultnot/2012/01/28/museu-sacaca-em-macapa-reabre-

A importancia das nossas origens

     Até recentemente,o ensino da história no brasil refletia um saber histórico com forte tendencia eurocentrica, mantendo em segundo plano o estudo da África e o papel dos africanos e seus descendentes na construção da sociedade e de cultura brasileira.A África e os afro descendentes na construção só participaram da história ensinada nas escolas quando submetidoao poder econômico europeu.Assim,pedia- se uma grande chance de discutir nas escolas a questão das origens históricas e do preconceito contra os afro descendentes;vítimas antigas da discriminação por causa da cor,da origem,da ancestralidade escrsvisada e negligenciava a participação dos africanos e seus descendentes no processo de construção da sociedade brasileira. 
    Entre as conquistas:Lei federal 10.639/03-que inclui no ensino a obrigatoriedade da temática:História e cultura afro brasileira, posteriormente foi aaaalterada pela lei federal 11.645/08 que acrescentou o ensino da História Indígena passando a ser obrigatória a temática:"História e cultura afro brasileira e indígena",no ensino básico                                                                                                          

terça-feira, 21 de agosto de 2012

MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA

Era uma vez uma menina linda, linda.
Os olhos pareciam duas azeitonas pretas brilhantes, os cabelos enroladinhos e bem negros.
A pele era escura e lustrosa, que nem o pelo da pantera negra na chuva.
Ainda por cima, a mãe gostava de fazer trancinhas no cabelo dela e enfeitar com laços de fita coloridas. Ela ficava parecendo uma princesa das terras da áfrica, ou uma fada do Reino do Luar.
E, havia um coelho bem branquinho, com olhos vermelhos e focinho nervoso sempre tremelicando. O coelho achava a menina a pessoa mais linda que ele tinha visto na vida.
E pensava:
- Ah, quando eu casar quero ter uma filha pretinha e linda que nem ela...
Por isso, um dia ele foi até a casa da menina e perguntou:
- Menina bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
­- Ah deve ser porque eu caí na tinta preta quando era pequenina...
O coelho saiu dali, procurou uma lata de tinta preta e tomou banho nela. Ficou bem negro, todo contente. Mas aí veio uma chuva e lavou todo aquele pretume, ele ficou branco outra vez.
Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é o seu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah, deve ser porque eu tomei muito café quando era pequenina.
O coelho saiu dali e tomou tanto café que perdeu o sono e passou a noite toda fazendo xixi. Mas não ficou nada preto.
- Menina bonita do laço de fita, qual o teu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
­- Ah, deve ser porque eu comi muita jabuticaba quando era pequenina.
O coelho saiu dali e se empanturrou de jabuticaba até ficar pesadão, sem conseguir sair do lugar. O máximo que conseguiu foi fazer muito cocozinho preto e redondo feito jabuticaba. Mas não ficou nada preto.
Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é teu segredo pra ser tão pretinha?
A menina não sabia e... Já ia inventando outra coisa, uma história de feijoada, quando a mãe dela que era uma mulata linda e risonha, resolveu se meter e disse:
- Artes de uma avó preta que ela tinha...
Aí o coelho, que era bobinho, mas nem tanto, viu que a mãe da menina devia estar mesmo dizendo a verdade, porque a gente se parece sempre é com os pais, os tios, os avós e até com os parentes tortos.
E se ele queria ter uma filha pretinha e linda que nem a menina, tinha era que procurar uma coelha preta para casar.
Não precisou procurar muito. Logo encontrou uma coelhinha escura como a noite, que achava aquele coelho branco uma graça.
Foram namorando, casando e tiveram uma ninhada de filhotes, que coelho quando desanda a ter filhote não para mais! Tinha coelhos de todas as cores: branco, branco malhado de preto, preto malhado de branco e até uma coelha bem pretinha. Já se sabe, afilhada da tal menina bonita que morava na casa ao lado.
E quando a coelhinha saía de laço colorido no pescoço sempre encontrava alguém que perguntava:
- Coelha bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
E ela respondia:
- Conselhos da mãe da minha madrinha...
Ana Maria Machado